Procedimento cirúrgico é necessário para amenizar danos provocados pela inflamação do apêndice, um órgão que é supérfluo ao corpo mas que, se não tiver a enfermidade controlada logo, pode provocar danos em todo o organismo.
Para que serve o apêndice?
O órgão atua como um depósito de bactérias úteis para o sistema digestivo. No entanto, devido a questões evolutivas, acabou se tornando supérfluo, e sua retirada não provoca deficiência ao corpo.
O que é apendicite?
É um inflamação provocada pela obstrução do órgão devido a presença de resíduos fecais endurecidos.
Mas, então, por que devemos tira-lo?
Inflamado, o apêndice pode acabar perfurando alguma região do intestino, liberando bactérias que causam infecções e afetam todo o corpo. O quadro pode levar à morte.
Por que o tratamento deve ser rápido?
Porque, se a apendicite não for tratada com rapidez, além de infecções generalizadas, pode evoluir para um quadro de peritonite, ou seja, uma inflamação do peritônio, a maior membrana serosa do corpo, transparente e que recobre tanto a parede abdominal quanto as vísceras. A peritonite é mais grave e exige cirurgia de urgência. Por isso, é fundamental ficar atento aos principais sintomas da apendicite e agir logo no caso de identificá-los.
Como identificar a apendicite?
O diagnóstico é baseado em testes para identificar sinais de dor. Os sintomas incluem desconforto na região abdominal (próximo ao umbigo), febre baixa, náuseas, perda de apetite e, em casos raros, diarreia. Os exames que ajudam o médico a confirmar a apendicite e a descartar outras possibilidades são o raio-x de abdômen, a ultrassonografia ou a tomografia computadorizada, além de exames de urina, fezes e de sangue.
É possível evitar?
Infelizmente, não. O processo de inflamação ocorre naturalmente e é muito comum em homens com menos de 30 anos.
Como funciona o pós-operatório?
- Nas primeiras 24h, o paciente deve ficar em repouso.
- Nos dois dias seguintes ao procedimento, a alimentação é apenas líquida ou pastosa.
- Exercícios físicos só são permitidos após 15 ou 30 dias, dependendo do caso da inflamação.
- Atividades rotineiras, como dirigir e realizar caminhadas, só podem ser retomadas depois de uma semana.
Fontes: Marcelo Garcia Toneto, chefe da cirurgia geral no HSL e professor da PUCRS e Leandro Totti Cavazzola, chefe do Serviço de Cirurgia Geral do HCPA e professor da UFRGS