Um contraceptivo masculino em gel é o novo alvo de estudos de pesquisadores norte-americanos. Desenvolvido pelo National Institutes of Health (NIH), o teste contará com a participação de, aproximadamente, 420 casais. De acordo Diana Blithe, que participa da investigação, o produto pode ser uma saída para casais em que as mulheres não podem usar contracepção hormonal.
– Os métodos masculinos são limitados à vasectomia e preservativos. Uma opção segura, reversível e efetiva preencheria uma importante necessidade de saúde pública – disse Diana ao site do NIH.
Combinando progestina e testosterona, o gel deverá ser aplicado nas costas e nos ombros até a completa absorção pela pele. A progestina reduz ou suspende a produção de esperma, já a testosterona mantém os níveis do hormônio no corpo. Na pesquisa, os voluntário usarão o gel por um período que variará de quatro a 12 semanas.
Se os níveis de esperma não caírem, o uso será estendido para mais de 16 semanas. Assim que os níveis de esperma entrarem em declínio, o teste entrará na fase de eficácia, que vai avaliar a capacidade de contracepção do produto.
Em 2017, um estudo feito com macacos apontou bons indicativos na contracepção dos animais. Um ano antes, um teste bem-sucedido precisou ser suspenso em função dos efeitos colaterais.