Tem baleia, peixinho, unicórnio e uma fauna completa de boias direcionadas para o público infantil. Há ainda ilhas com guarda-sol, aviões, lanchas e versões menores feitas para colocar nos braços. Atraentes e coloridas, elas são uma boa opção para as brincadeiras na piscina. Mas você sabe como escolher o melhor modelo para o seu filho?
Com a ajuda de especialistas, apresentamos os produtos mais comuns no mercado e a indicação de cada um deles. Não custa lembrar: boia não é equipamento de segurança e só deve ser usada por crianças acompanhadas de um adulto.
– Não dá para achar que a criança está segura dentro da água, mesmo que saiba nadar. É preciso supervisão constante e atenta – alerta a profissional de educação física e psicomotricista Sandra Rossi Mardomo, diretora técnica do Instituto de Natação Infantil (Inati).
Boias de pescoço
São as menos indicadas em função do risco de a criança escorregar.
– Com o passar do tempo na piscina, a criança tende a ficar mais flexível, aumentando a probabilidade de cair. Essa é a pior boia que já foi inventada – diz Pâmela do Carmo, professora de natação da ACM.
A profissional de educação física e psicomotricista Sandra Rossi Mardomo completa:
– A cervical fica fixa e, quando criança movimenta pernas e braços, pode machucar o nervo da cervical. Não aconselho.
Boias de braço
Podem ser usadas por crianças de dois a 10 anos, dependendo do tamanho do inflável. O ponto positivo é que não força a mudar a posição do corpo, e a criança pode ficar de pé, sendo uma boa opção para os pais que não querem ficar com os pequenos no colo o tempo todo dentro d’água. Contudo, limita os movimentos dos braços.
Boias de sentar em cima
Podem ser usadas em qualquer faixa etária, desde que haja um adulto junto, segurando o material. As maiores, com mais de um metro de comprimento, são mais indicadas para crianças um pouco mais velhas.
– São perigosas pois não oferecem equilíbrio. Só devem ser utilizadas se alguém segurar o tempo inteiro – indica Sandra.
Coletes
São encontrados de diversos materiais: E.V.A., polietileno e infláveis e podem ser usados por crianças a partir dos cinco anos, quando já têm coordenação da cervical, atentando para o peso máximo indicado pelo fabricante na hora de comprar. As versões infláveis são as menos seguras, pois furam com facilidade, e a criança pode escorregar. As demais são seguras, mas um pouco menos confortáveis. Antes de usar, é importante que os pais ensinem os filhos a coordenar os movimentos de pernas e braços usando o salva-vidas. Apesar de não deixarem a criança ficar com a cabeça submersa, os coletes podem favorecer a posição de barriga para baixo, com o rosto na água.
Espaguete
Bastante popular, serve como apoio para a flutuação e tem como vantagem o fato de não reter os movimentos. Entretanto, como tem uma densidade menor, pode afundar.
– Crianças que gostam de pular na piscina com o equipamento como se fosse um cavalinho não vão boiar. Há riscos, portanto – lembra Pâmela.
Crianças com medo de água devem evitar esse tipo de boia, pois tendem a fazer muita força e acabam afundando o acessório.
Boias com buracos para as pernas
Podem ser usadas por pequenos entre um e quatro anos, em média. Embora sejam bonitas e visualmente atrativas, elas encabeçam a lista das menos recomendadas. A maioria desses equipamentos tem uma parte frontal ou traseira maior, o que acaba gerando desequilíbrio, aumentando os riscos.
– Quando a criança é colocada na boia, fica com a perna presa. Como ela não está equilibrada, joga o corpo para frente ou para trás, podendo virar uma cambalhota. Com as pernas nos buracos, ela não consegue sair, o que duplica o risco de afogamento – alerta a professora Pâmela.