Comer batata frita duas ou mais vezes por semana pode aumentar o risco de morte, segundo estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition. A conclusão foi tirada após os pesquisadores analisarem o consumo de batatas de 4,4 mil americanos com idades entre 45 e 79 anos durante oito anos.
A pesquisa mostra que o consumo do tubérculo em si não potencializa a chance de morte prematura. No entanto, quando a análise é focada nos grupos que indicaram comer batata frita de duas a três vezes por semana – ou até mais –, fica evidente a elevação no risco de morte.
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O resultado não é reflexo da combinação entre a batata e a gordura, mas sim da soma da fritura com o excesso de sal.
– Essa gordura se deposita nas artérias, e o sal eleva a pressão. Não é uma combinação interessante – diz a médica nutróloga Mariela Silveira.
Para a especialista, as frituras podem ser consideradas como grandes vilãs da alimentação – segundo ela, não há estudos que apontem algum benefício à saúde.
Se diante do estudo você ficou se perguntando se precisa riscar de vez as batatinhas do cardápio, a médica responde:
– Não precisamos ser radicais. Só temos de ter cuidado com a frequência. O ideal é que o consumo não passe de uma vez por mês.
Fãs dessa preparação podem apostar em versões alternativas, como batatas assadas no forno com um pouco de azeite de oliva, sugere Mariela.