Hoje, quero falar sobre a alimentação para quem faz treinos de corrida, como eu. Não sou uma maratonista, corro para melhorar meu condicionamento físico. Em setembro do ano passado, fui convidada a conduzir um trecho da tocha olímpica, mas, na época, meu trabalho aeróbio estava muito irregular e, apesar de a condução da tocha ser por apenas 200 metros, não podia correr o risco de chegar ofegante. Era o incentivo que precisava para retomar treinos de forma regular, digo três vezes por semana.
Procurei uma assessoria esportiva para me ajudar na orientação e, tão importante quanto, me sentir motivada pelo grupo. Comecei correndo aos poucos, conforme a orientação que recebi e, com persistência, fui observando progressos a cada semana, mais conforto, treino mais prolongado... Como não estava preparada para aquela atividade, para mim, estava sendo um treino intenso e, mesmo intercalando com algumas caminhadas, quando corria, me sentia muito cansada e ofegante.
Aqui, quero entrar na questão alimentar. Mesmo que você faça um exercício que pareça simples para os outros, pode ser intenso para você e isto significa que precisa de fontes mais rápidas de energia para manter o desempenho, ou seja, consumir mais carboidratos para estas situações, como bolos, pães etc.
À medida que os treinos avançaram e se tornaram menos intensos para a execução do mesmo trabalho, já não precisava me preocupar com este consumo em quantidades maiores, apenas uma fruta antes do treino já dava o suporte que precisava. É assim que ocorre, quanto menos intenso e mais prolongado (e mais confortável) é o treino, mais utilizamos a gordura como fonte de energia, podendo ser das reservas corporais ou de algum alimento consumido antes do exercício, por exemplo, um bolo feito com óleo de coco ou um suco misturado com chia.
Observei que, muitas vezes, compensava minha falta de condicionamento físico tentando consumir mais alimentos para ver se ajudava e, acredito que a oferta de energia adequada me ajudou muito. Hoje, já evolui, corro de 10 a 12 quilômetros com tranquilidade e sem a necessidade de um consumo em maior quantidade de energia antes dessas situações. Mas, quando tenho de fazer treino em maior velocidade, volta a ser mais exigente e é isto que precisamos aprender a diferenciar a cada dia.
E não acaba aqui, pois a hidratação durante o treino e a recuperação após devem receber a mesma atenção. Quanto mais prolongado for o treino e quanto mais calor e umidade, maior a necessidade de consumir líquidos e, às vezes, carboidratos, líquidos ou géis. Quanto mais prolongado e intenso o treino, maior a necessidade de consumir carboidratos e proteínas depois, para o processo de recuperação da energia gasta e da cicatrização das fibras musculares.
Não importa o seu nível de condicionamento, nem a atividade física escolhida, faça algo que lhe dê prazer, que lhe mantenha motivado e tenha os cuidados necessários para dar suporte ao seu corpo, assim, reduzimos o sofrimento e melhoramos a cada dia. Isto é vida!