Os casos de dengue deste ano, no Brasil, apresentaram queda antecipada em relação aos anos anteriores. Historicamente, a redução no número de casos era observada a partir do mês de junho, mas segundo o Ministério da Saúde aponta que, a partir do mês de março, o país começou a mostrar tendência de redução. Os casos de zika também caíram desde fevereiro.
Conforme o levantamento, os casos de dengue estão em declínio e já apresentaram redução de 99,2% no comparativo entre fevereiro e maio deste ano. O pico da doença também ocorreu antecipadamente, em fevereiro, quando foram registrados 106.210 casos na última semana do mês. No comparativo com outros anos, o ápice da incidência era percebido entre abril e maio. Em 2016, o número de casos em maio caiu para 779.
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– Neste ano, o declínio de casos começou antes do previsto, uma vez que, historicamente, o pico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é em abril. As ações de combate ao mosquito da dengue, zika e chikungunya, que foram intensificadas no país desde o fim do ano passado se mostraram efetivas e essenciais para controlar e diminuir a circulação do vetor – avalia o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Outro vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti também está em declínio depois do pico do começo do ano. Com maior incidência na terceira semana de fevereiro, quando foram registrados 16.059 casos, os registros de zika baixaram para 12 na última semana de maio, o que representa uma queda superior da 99%. Ao todo, o Brasil soma 161.241 prováveis casos da doença.
Em contrapartida, o número de casos de chikungunya subiram. Até 28 de maio eram 122.762 casos prováveis contra 13.160 confirmados no mesmo período de 2015. Só neste ano, já houve 17 óbitos relacionados à doença. O ministério investiga as mortes para determinar se havia ou não outros fatores de risco associados, como comorbidades ou uso de medicamentos, por exemplo.
Na última semana, o secretário Estadual da Saúde, João Gabbardo, confirmou o primeiro caso de chikungunya autóctone do Rio Grande do Sul. Identificada pela primeira vez no Brasil em 2014, a transmissão da doença nunca havia ocorrido dentro do Estado, que registrava apenas casos importados.
*Zero Hora com agências