A Vigilância em Saúde de Porto Alegre emitiu alerta epidemiológico nesta quinta-feira sobre o risco de transmissão sexual do zika vírus. A nota orientava os serviços de saúde a oferecerem preservativos e informações sobre a doença e os riscos de transmissão.
A medida se baseia em estudos científicos que apontam que a relação sexual sem preservativo pode ser uma das formas de transmissão do vírus. De acordo com a chefe da Divisão Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, ainda há estudos que apontam que a saliva e a urina podem ser veículos de contaminação.
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Como a Capital contabiliza 23 casos de zika vírus, dos quais nove são autóctones, a ação é considerada uma medida preventiva.
– Essa é uma recomendação do Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde concorda plenamente com essa orientação – disse o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo.
Todos os casos contraídos no município foram registrados no bairro Farrapos. Segundo a diretora do Cevs, Marilina Bercini, os mosquitos colhidos nas armadilhas não aprensentavam o vírus, o que levanta a hipótese de transmissão sexual, embora, do total de infectados, quatro sejam crianças.
Conforme Gabbardo, a recomendação é que homens que viajarem para locais onde há circulação de zika vírus utilizem preservativo por oito semanas. Aqueles que apresentarem sintomas compatíveis com a doença devem estender o uso de proteção por seis meses.
Confira a íntegra do documento aqui.