Boletim divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde aponta 1.198 casos confirmados de microcefalia e outras alterações no sistema nervoso em bebês provocados por agentes infecciosos, entre eles o zika. Desde outubro do ano passado, 7.228 casos foram notificados: 2.320 foram descartados e 3.710 estão em investigação.
Do total de casos confirmados,194 tiveram resultados laboratoriais positivos para relação com infecção pelo zika. No entanto, o Ministério da Saúde considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães dos bebês que nasceram com microcefalia. Outros agentes infecciosos, como rubéola, sífilis e toxoplasmose também podem provocar microcefalia em bebês quando atingem as grávidas.
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Até 23 de abril, o ministério também registrou 54 mortes de bebês recém-nascidos ou fetos com microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central.
Os 1.198 casos confirmados ocorreram em 435 municípios, localizados em 22 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
De acordo com boletim epidemiológico também divulgado nesta terça pelo ministério, de fevereiro a abril foram registrados 91.387 casos prováveis de infecção pelo zika vírus. Entre os afetados, estão 7.584 gestantes com provável infecção e 2.844 que tiveram a infecção confirmada. De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, uma grande parte dessas grávidas não terá filho com microcefalia. No entanto, o governo ainda não sabe a proporção de gestantes infectadas para bebês com a malformação.