Pesquisadores do Instituto de Pesquisa da Criança em Seattle, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo método de engenharia genética para combater infecções causadas pelo vírus HIV. O estudo foi publicado nesta quarta-feira (30), na revista científica Science Translational Medicine.
OMS recomenda tratamento com antirretrovirais a todos infectados com HIV
O método consiste em modificar geneticamente uma proteína chamada de CCR5, localizada na superfície das células T, que são anticorpos do sistema imunológico. Essa proteína é utilizada pelo vírus HIV para invadir e infectar as células. Usando a técnica de edição de genoma, os cientistas desenvolveram uma enzima direcionada para a proteína CCR5, juntamente com um adenovírus (vírus que tem DNA), usado para entregar uma nova sequência de DNA à célula.
A ação da enzima, chamada de nuclease ou "tesoura molecular", sobre a CCR5 provoca um mecanismo natural de reparo da célula, que usa o novo gene levado pelo adenovírus como modelo para substituir aquele que foi "cortado" e formar uma nova sequência de DNA.
Novas pesquisas impulsionam busca pela cura da aids
Os pesquisadores afirmam que a nova ténica é mais precisa e eficaz do que as anteriores, que se limitavam a "desativar" o gene. O método também poderá ser utilizado no futuro para combater o câncer, doenças imunológicas e para aumentar a tolerância em transplantes.
As manipulações genéticas foram feitas em células humanas testadas em camundongos. Ainda não foram realizados testes em seres humanos.
Leia mais notícias de vida