De acordo com um estudo publicado no Neurology, revista científica da Academia Americana de Neurologia, pessoas diagnosticadas com diabetes do tipo 2 podem desenvolver mais problemas de cognição e de habilidades na realização de tarefas com o passar dos anos. A pesquisa, realizada por uma equipe da faculdade de medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, concluiu que a doença interfere na regulação do fluxo sanguíneo do cérebro.
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- O fluxo normal faz com que o sangue alcance áreas do cérebro responsáveis pelas funções cognitivas - explica Vera Novak, autora do estudo.
A experiência envolveu 40 pessoas com idade média de 66 anos, das quais 19 tinham diabetes. Os participantes diagnosticados com a doença foram acompanhados pelos pesquisadores por dois anos e submetidos a testes cognitivos e de memoria, além de exames para observar a quantidade de açúcar no sangue.
Após dois anos, as pessoas com diabetes tiveram redução de 65% na habilidade de regulação do fluxo sanguíneo no cérebro, índice associado à baixa pontuação nos testes realizados. Enquanto os pacientes sem diabetes mantiveram o mesmo escore após esse período, aqueles diagnosticados com a doença tiveram uma queda de 12%. Quem teve menor capacidade de regular o fluxo de sangue ainda apresentou mais dificuldades para realizar atividades diárias como tomar banho e cozinhar.
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- Detectar esses problemas e monitorar a regulação do fluxo sanguíneo no cérebro precocemente pode ser um importante fator para prever mudanças significativas na eficiência da cognição - afirma Vera.
Conforme a pesquisadora, deve-se pensar em pesquisas mais longas e com mais participantes para entender melhor a relação entre o funcionamento do cérebro e o fluxo sanguíneo no órgão.
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