Os pais entram no consultório assustados, acompanhados de João, que parece estar muito bem, obrigado. Começam a descrever o episódio que os impressionou na noite anterior. O menino de cinco anos estava bem, seguindo a rotina do dia. Banho tomado, leite quente, escovação dos dentes e cama. Na madrugada, gritos desesperados, vindos do quarto do filho. A mãe corre e acende a luz. João está sentado na cama, de olhos abertos, chorando desesperadamente, aparentando enxergar monstros que só ele vê. O pai chega para ajudar. O menino, agitado e suando, sai da cama tentando fugir de uma ameaça invisível. Tentam acalmá-lo, mas ele não escuta, parece estar em transe. Abraçam, conversam, e nada! Em minutos que parecem horas, João adormece novamente e aparenta estar normal. No dia seguinte, acorda lépido e faceiro sem lembrar de nada.
Em dia
Tânia Rohde Maia: terror noturno
Colunista escreve mensalmente no caderno Vida