- A França é um exemplo em termos de nutrição. Mas não ter aulas de educação nutricional nas escolas é totalmente irresponsável - disse Jamie Oliver, estrela da gastronomia britânica que trava uma batalha contra a "junk food" e a obesidade.
O chef visitou Londres, na Inglaterra, para promover uma alimentação mais equilibrada e saudável, percorrendo a cidade em cima de um ônibus de dois andares. A campanha mundial "Food Revolution Day", lançada em 2012, contou nesta sexta-feira com mais de 1,2 milhão de pessoas que assinaram a petição para que a educação nutricional seja obrigatória.
- O assunto interessa e preocupa todo mundo. Em muitos países, a expectativa de vida de nossos filhos é menor do que a minha, e isso é imperdoável - lamentou o chef.
Verdadeira estrela dos fogões e grande sucesso comercial em dezenas de países, Jamie Oliver sente, perto dos 40 anos, o dever de levar esta luta para enfrentar números alarmantes de uma "epidemia global".
Jamie Oliver promove a campanha educativa Food Revolution Day
A prevalência da obesidade mais do que duplicou em todo o mundo entre 1980 e 2014, para chegar a 600 milhões de adultos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana passada, que alertou que a Europa está indo para "uma crise de obesidade de enormes proporções até 2030".
Na década de 2000 o apresentador já tinha alfinetado a tradição da "junk food" - hambúrgueres, batatas fritas e pratos congelados, especialmente sem frutas - nas cantinas escolares. Desde então, as pessoas e autoridades passaram a se conscientizar mais, e o governo britânico passou a integrar cursos de nutrição aos currículos escolares dos alunos.
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- Mas há muito trabalho a ser feito e a Grã-Bretanha continua a ser um exemplo do que não fazer - afirmou Oliver, muito mais benevolente com a França, que de acordo com ele, é conhecida por sua excelente comida, agricultura e bebidas, e o poder da "junk food" também é forte o suficiente para lutar contra esta cultura.
- É por isso que nós demos ênfase este ano na educação nutricional nas escolas. Mostrar às crianças como nós cultivamos algo, como é a colheita, como se cozinha, e então como se come. Muitas crianças não sabem o que é um tomate ou uma batata - alerta Oliver.
*AFP