Crianças com depressão têm mais chances de desenvolver doenças cardíacas, serem obesas, sedentárias ou fumantes na adolescência, de acordo com um estudo publicado no Psychosomatic Medicine.
A pesquisa sugere que a depressão na infância pode aumentar o risco de problemas cardíacos mais tarde na vida. Os pesquisadores também perceberam que muitos pais de crianças depressivas era portadores de doenças cardíacas, mesmo ainda jovens.
Cardiologistas e profissionais de saúde mental já haviam descoberto a relação entre depressão e doenças cardíacas. Adultos deprimidos são mais propensos a sofrer um ataque cardíaco e, quando isso ocorre, é mais provável que seja fatal. A novidade está em associar a depressão na infância com problemas cardíacos posteriores, o que pode trazer melhorias no tratamento e na prevenção dessas doenças.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores examinaram mais de 200 crianças com histórico de depressão, bem como cerca de 200 de seus irmãos que nunca sofreram da doença. Eles também reuniram informações de outras 150 crianças com a mesma idade e sexo e sem histórico de depressão.
Segundo o principal autor da pesquisa, Jonathan Rottenberg, é necessário realizar pesquisas adicionais para entender por que a depressão no início da vida pode trazer maior risco de doença cardiovascular.