A sensação de realização profissional varia conforme o perfil de cada pessoa. Para a psicóloga Luciana Ourique Masiero, a satisfação com o trabalho depende dos valores de cada um:
- Muitos consideram o mercado de trabalho e a remuneração como os pontos mais importantes, outros colocam à frente a realização profissional e a satisfação. Isso depende da história de cada um e dos valores pessoais.
Foi a busca por manter seus interesses sempre presentes que levou a bailarina Letícia Paranhos, 33 anos, a tirar o seu sustento da dança. Apaixonada por movimentar o corpo desde pequena, Letícia lembra que, ainda criança, abria mão de almoçar em casa para ir direto da escola às aulas de balé.
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A paixão foi crescendo e conquistando cada vez mais espaço na vida da menina. Com cerca de 15 anos, começou a ganhar cachês pelas suas apresentações e sentiu que poderia seguir dançando para o resto da vida. Mas o nascimento de sua filha, quando tinha 25 anos, a fez repensar no futuro e tentar outros caminhos.
- Pensei em optar por um trabalho que me desse algum sustento. Fui secretária, professora de academia, mas logo vi que não era feliz fazendo o que eu não gostava. Não era isso que eu queria passar para minha filha - comenta.
Letícia resolveu seguir, como ela diz, "a sua paixão". Especializou-se em dança e consciência corporal e hoje divide seu tempo entre aulas de dança e o seu lugar preferido, o palco.
- A felicidade com a profissão não é algo que se encontre pronto em algum lugar, mas é resultado de um processo de dar sentido ao que se faz, de perceber a contribuição da sua atividade para você e para outras pessoas - destaca a psicóloga Claudia Sampaio.
Eu amo o que faço
Os palcos viraram a vida da dançarina Letícia Paranhos
Paixão que começou na infância é hoje a forma de sustento da garota
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