Certa feita, Freud foi questionado sobre o que, no seu entender, seria fundamental para a saúde mental de uma pessoa. Enquanto se esperava uma complexa relação entre os diversos aspectos da vida humana, o fundador da psicanálise teria surpreendido ao responder com apenas duas palavras: "Lieben und arbeiten" (amar e trabalhar).
Freud relacionava o amor com os sentimentos de afinidade e ligação, a partir da entrega e do reconhecimento pelo outro. Quanto ao trabalho, entendia que este tinha um efeito mais poderoso do que qualquer outro de vincular uma pessoa à realidade. O exercício laboral teria a capacidade de desempenhar um importante papel na autoestima, no equilíbrio psicológico e no senso de identidade. Seria o responsável por nos dar um lugar no tecido social. Apesar de curta, a resposta não era simples.
A relação do homem com o seu trabalho, que vai do prazer ao sacrifício, torna-se ainda mais complexa nos dias atuais, quando as escolhas profissionais são definidas não somente pelas vontades e afinidades de cada um, mas pelas exigências cotidianas, como sucesso, dinheiro e reconhecimento.
Isso leva muitas pessoas a escolherem trabalhos que não refletem seus interesses pessoais, mas que dão uma aparente garantia de sustento. As funções ficam cada vez mais padronizadas, as rotinas tornam-se cansativas, e o prazer pelas conquistas, escassos. Não por acaso, o período de férias é visto como uma recompensa pelo sacrifício das atividades cotidianas.
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