A prefeitura de Porto Alegre aguarda o aval do governo do Estado para dar início o processo de transferência de pacientes internados na Capital. O município afirma que a primeira saída já está assegurada, mas a Secretaria Estadual da Saúde (SES) ainda não confirmou. A ação, prevista para começar nesta sexta-feira (5), está incluída no plano de contingência firmado entre as duas partes para desafogar as emergências no município.
Inicialmente, a Secretaria Municipal da Saúde identificou 145 pessoas que poderiam retornar aos hospitais de suas cidades de origem. Destas, ao menos 31 poderiam ser transferidos de forma imediata. A maioria deles vem de municípios da Região Metropolitana, como Alvorada, Cachoeirinha, Viamão e Canoas. Um paciente internado no Cristo Redentor já teria sido autorizado para ser levado ao Hospital de Viamão. Cabe à Secretaria Estadual da Saúde, no entanto, determinar quando isso será feito. A expectativa é que o ato ocorra nesta sexta-feira (5).
Os dados de quem pode ser transferido são informados pelos hospitais, no chamado cadastramento de contrareferência. Dos pacientes que estão nessa condição, nove se encontram no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Segundo a Coordenadora do núcleo interno de regulação do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Thanize Prates da Rosa, o executivo estadual já entrou em contato para buscar encaminhar a mudança destes pacientes.
— Nos já fomos demandados para manter o cadastro atualizado. Recebemos o contato da secretaria do Estado para dar informações para os pacientes. Agora, esperamos que eles façam contato com os hospitais dos municípios para que esses autorizem a ida do paciente — afirma.
Para que o processo seja efetuado, o Estado precisa, através da Central de Regulação, entrar em contato com os municípios de origem para saber sobre a possibilidade de acolhimento. Se não for possível, outras cidades serão procuradas, até que uma vaga seja encontrada. Procurada, a SES afirma que o processo depende diretamente da mobilização das secretarias municipais. A pasta ainda não confirmou em que momento do dia ocorrerá a primeira transferência.
Para agilizar o processo, a prefeitura afirma disponibilizar suas ambulâncias do Samu para transportar os pacientes até o outro hospital. O município afirma que o sistema de saúde opera com 200% de superlotação. Ao menos três hospitais operam com restrição de atendimento para pacientes com risco de morte: Hospital de Clínicas, Santa Casa e São Lucas da PUCRS.