Correção: a médica foi detida, conduzida à Delegacia e liberada em seguida, e não foi presa como publicado entre 13h28min e 22h14min de 05 de abril de 2024. O texto foi corrigido.
Uma médica foi detida após dar um tapa no rosto e torcer um dedo de uma paciente durante atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Gravataí, na Região Metropolitana. As informações constam no relato dos agentes da Guarda Municipal no boletim de ocorrência.
O nome da profissional não foi divulgado. Ela foi conduzida até a delegacia e liberada após registro policial.
O tumulto ocorreu na tarde de quarta-feira (3). Os agentes estavam na UPA conduzindo um suspeito detido por furto para realização de exames médicos obrigatórios quando se depararam com a situação. De acordo com a prefeitura de Gravataí, paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também presenciaram os fatos.
Conforme a Guarda Municipal, a paciente estava deitada na maca e teve o peito pressionado pela médica por duas vezes. Ela teria reclamado de dor. Durante outro procedimento realizado, a mulher teria tentado morder a mão da profissional, que se esquivou e revidou com um tapa.
— Os agentes da Guarda Municipal intervieram e repreenderam a médica, informando que aquela atitude se tratava de uma agressão. Então, a médica disse em tom irônico e arrogante: "então me prende!"— diz o relato.
Em nota, o Hospital Dom João Becker, que administra a UPA, informou que a situação "está sendo averiguada e as medidas cabíveis serão tomadas com a devida urgência". A instituição acrescenta que a médica foi preventivamente afastada das atividades e que presta "total solidariedade a paciente e seus familiares".
Confira a nota do Hospital Dom João Becker na íntegra:
"O Hospital Dom João Becker comunica que a situação ocorrida na data de ontem, na Unidade de Pronto Atendimento Cohab, em Gravataí, está sendo averiguada e as medidas cabíveis serão tomadas com a devida urgência.
Reiteramos que qualquer conduta que fuja ao princípio da dignidade humana na assistência à saúde não condiz com missão e valores de nossa instituição. Sendo assim, prestamos total solidariedade a paciente e seus familiares. A profissional de saúde envolvida no caso foi preventivamente afastada de suas atividades, afim de esclarecermos a fundo os fatos ocorridos."