Não é sempre fácil identificar quando o uso do videogame é saudável ou já está passando dos limites. O distúrbio do jogo, condição caracterizada pela perda de controle sobre a frequência e hora de começar e parar de jogar, entrou em 2013 no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição (DSM-5) como “internet gaming disorder” (IGD) e já está na 11ª revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID-11), pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2022.
Entre os jogos com mais risco de desencadear uma dependência, estão os games online, que envolvem interação com outras pessoas, diz o psicólogo Léo Strack. Outro tipo de jogo altamente viciante são as modalidades de Game as a Service (GaaS), jogos sem início nem fim, sempre com novas histórias, recursos e fases. Outro nicho perigoso são os games que utilizam microtransações, elementos também usados em jogos de azar, como cassinos online e jogos de apostas esportivas.
A seguir, é possível conferir uma versão reduzida da Escala de Transtorno de Jogo pela Internet, publicada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O questionário avalia a gravidade do transtorno e efeitos prejudiciais nos últimos 12 meses. A SBP ressalta que instrumentos de triagem, como este, não são diagnósticos. Eles apenas sinalizam os sujeitos que merecem uma entrevista clínica mais aprofundada para a adequada identificação do problema.