Entre janeiro e agosto deste ano, 1.044 casos de leptospirose foram registrados no Rio Grande do Sul – um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, que teve 805 situações contabilizadas. É o que aponta o balanço divulgado nesta sexta-feira (29) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES).
De acordo com o levantamento, Lajeado é a cidade com o maior número de infectados: 53 até o momento. Na sequência vêm Roca Sales, com 50, Estrela (38), Arroio do Meio (19), Colinas (18), Encantado (18), Cruzeiro do Sul (10), Taquari (5) e Bom Retiro do Sul (4).
Conforme a SES, a incidência da leptospirose tende a aumentar em períodos de enchentes, quando as pessoas entram em contato com águas contaminadas. A doença é contraída pela exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente de ratos.
Na quinta-feira (28), a Secretaria de Saúde de Porto Alegre confirmou 39 casos de leptospirose até o dia 23 de setembro. Nove casos seguem em investigação. Em todo o ano de 2022, foram confirmados 37 casos da doença na Capital.
Sintomas e recomendações
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida a partir do contato direto ou indireto à urina de animais infectados pela bactéria Leptospira. Sua penetração no organismo humano ocorre a partir da pele, especialmente quando a região fica imersa por longos períodos em águas contaminadas, ou ainda, por meio de mucosas – regiões do corpo que revestem cavidades úmidas como a boca, a bexiga e o intestino.
Os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça, náusea, vômitos e dor muscular, especialmente nas panturrilhas. O período de incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de um a 30 dias e normalmente ocorre entre sete e 14 dias após a exposição a situações de risco. Ao suspeitar da doença, a recomendação do Ministério da Saúde é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco.