O Hospital São Francisco de Assis, de Parobé, no Vale do Paranhana, afastou o obstetra responsável pelo parto de Mariane Rosa da Silva Aita, 39 anos, que morreu na manhã de quarta-feira (23). A família alega que o óbito se deu por complicações após uma gaze ser esquecida dentro do corpo durante uma cesariana, realizada em 12 de junho. O afastamento do profissional seguirá ao menos até o fim da sindicância interna que apura o caso.
Em nota, o Hospital afirma que o caso ainda é objeto de apuração interna. De acordo com a instituição, “medidas cabíveis” serão tomadas após a conclusão das investigações. A instituição já havia se posicionado afirmando que "conforme prontuário e relato dos profissionais envolvidos no atendimento, o óbito ocorreu por complicação pós-cirúrgica descrita na literatura e não previsível", e citando que "todas as medidas adotadas foram corretas".
A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso, que é tratado por enquanto como suspeita de erro médico.
A prefeitura de Parobé pediu mudanças na equipe técnica do hospital. O prefeito do município, Diego Picucha, se reuniu nesta quinta-feira (25) com a direção do Hospital São Francisco de Assis, e reivindicou a alteração.
No entanto, o Executivo municipal não tem poder para fazer a troca já que o local conta com gestão privada, e atende ao município somente com serviço de pronto-atendimento de baixa complexidade. No entanto, a expectativa é de que a mudança ocorra.
O corpo de Mariane foi sepultado na manhã desta sexta-feira, no Cemitério Municipal de Novo Hamburgo.
Confira nota do Hospital São Francisco de Assis
Tendo em vista o óbito noticiado na imprensa local, o HSFA esclarece que as matérias publicadas possuem informações inverídicas, eis que conforme prontuário e relato dos profissionais envolvidos no atendimento, o óbito ocorreu por complicação pós-cirúrgica descrita na literatura e não previsível. O tratamento requer intervenção cirúrgica e todas as medidas adotadas foram corretas.
Ao contrário do noticiado, em nenhum momento a causa da morte foi informada pelo hospital como sendo ‘causas naturais’.
Lamentamos profundamente a perda da família e todas as informações referentes ao atendimento estão à disposição dos familiares.
Por fim, gostaríamos de deixar claro que, mesmo com dificuldades, trabalhamos há mais de 40 anos pautados nos ditames éticos e legais vigentes para oferecer a melhor assistência para a região de mais de 2 milhões de pessoas atendidas pelo HSFA e que não toleraremos notícias falsas e caluniosas contra esta instituição e seus colaboradores.