Correção: Diferente do que foi publicado até as 8h40 desta quarta-feira, dia 10, a prefeitura de Santa Maria irá distribuir repelentes apenas para grávidas em situação de vulnerabilidade que façam o pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde do Município. Os demais grupos de risco não receberão o item. As informações estão corrigidas no texto.
Gestantes em situação de vulnerabilidade social receberão repelente de insetos, para se proteger do mosquito da dengue em Santa Maria. O objetivo é intensificar as ações de prevenção à doença, que já tem 189 casos confirmados e mais de 300 suspeitos na cidade.
Conforme o superintendente de Vigilância em Saúde de Santa Maria, Alexandre Streb, o município irá receber uma remessa do produto nos próximos dias. Grávidas que façam o pré-natal em Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade serão contempladas. O uso do item, no entanto, é orientado para todos.
— Infelizmente não é um recurso acessível para muitas pessoas em condições sociais desfavoráveis. Mas quem tem condições, pode usar qualquer recurso usado para os demais mosquitos, desde que regulamentados e com os devidos cuidados de segurança.
Além dessa orientação, o município também alerta para os locais com água parada. A melhor forma de coibir a proliferação do Aedes aegipty é acabar com os locais de água parada. Para isso, é feita orientação em residências e empresas, aplicação de larvicida e a prefeitura tem também um contato direto para denúncias.
O município tem feito também o chamado fumacê, que é a pulverização de inseticida em ruas da cidade. Porém, Streb explica que este serviço é bastante limitado. A pulverização acontece em quadras onde foram confirmados casos de dengue pela Secretaria de Saúde. É preciso, segundo a prefeitura, fazer em um dia em que o tempo esteja firme, sem neblina e não faça muito calor. E mesmo com todos os fatores favoráveis, a eficácia do serviço é de no máximo 20%, visto que o produto só fica no ar por até quatro horas.
— Basicamente, ele só mata o mosquito que está voando e é atingido no momento da ação. Se não remover os criatórios, esta ação se torna mais limitada ainda.
Uma reclamação dos moradores é sobre as unidades de saúde do município, que não vencem a demanda de casos suspeitos. Nesse período, conforme Streb, pessoas com suspeitas de gripe, resfriados e covid também têm ido às unidades de saúde, o que causa o aumento no número de pacientes nos locais. Porém, a orientação é buscar a unidade mais próxima de casa, em caso de suspeitas de alguma das doenças.
Para melhorar os atendimentos e desafogar o Laboratório Central do Estado, estão sendo comprados exames laboratoriais particulares via consórcio intermunicipal da saúde. Isso faz também com que o tempo de espera dos resultados seja menor.