A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) flexibilizou o uso universal de máscaras em unidades de saúde. A proteção facial deixa de ser recomendada de forma indiscriminada para todos os funcionários e frequentadores de hospitais, postos de saúde, clínicas e laboratórios, com exceção, por exemplo, de profissionais que atuam no tratamento e assistência aos casos de covid-19 e pacientes que podem estar infectados. A mudança é uma atualização de uma nota técnica publicada no começo da pandemia, em 2020, quando a máscara passou a ser considerada necessária nestes ambientes.
A flexibilização do uso do equipamento nas unidades, de acordo com a agência, foi possível por causa da queda do número de casos e óbitos por covid-19 no Brasil, e também pela alta disponibilidade de imunizantes para a prevenção e proteção contra a doença aos brasileiros.
Mesmo que deixe de ser universal, a Anvisa continua recomendando a utilização da máscara para alguns perfis específicos (veja a lista detalhada no final).
Pacientes com sintomas respiratórios ou positivos para covid-19 e seus acompanhantes, e pacientes que tiveram contato próximo com caso confirmado durante o período de transmissibilidade da doença (últimos 10 dias), são orientados a usar a máscara.
Profissionais que fazem a triagem de pacientes, e que circulam nas áreas de internação de pacientes (enfermarias, unidades de terapia intensiva, quartos, corredores, unidades de urgência e emergência) também recebem a recomendação de continuar usando as proteções faciais nessas situações. Visitantes e acompanhantes de pacientes que frequentam esses espaços são orientados a permanecer usando o equipamento.
"A Anvisa ressalta que é importante reforçar a recomendação de continuidade do uso de máscara nos serviços de saúde para os acompanhantes e os visitantes de pacientes internados. A orientação é não retirar a máscara durante a permanência dentro do estabelecimento de saúde, inclusive no quarto ou na enfermaria onde o paciente estiver", informou a agência em nota. "O objetivo dessa medida", continua, "é prevenir contaminações e transmissão de covid-19 no ambiente hospitalar e proteger pacientes, outros acompanhantes, visitantes e profissionais."
O órgão informou ainda que a atualização da nota técnica considerou opiniões com fundamentação científica de diferentes especialistas da área, e que as recomendações são atualizadas de acordo com as ocorrências de surtos e casos de transmissão intra-hospitalar da doença.
Na semana passada, o Brasil superou a marca de 700 mil mortes por covid-19 no país. No mundo, somente os Estados Unidos somam mais vítimas pela doença, com mais 1,1 milhão de óbitos registrados.
As máscaras continuarão sendo recomendadas para:
Pacientes com sintomas respiratórios ou positivos para covid-19 e seus acompanhantes.
Pacientes que tiveram contato próximo com caso confirmado durante o período de transmissibilidadade da doença (últimos 10 dias).
Em relação aos profissionais, a recomendação de continuar usando as proteções faciais continua para os que fazem a triagem de pacientes e para aqueles que circulam nas áreas onde pessoas contaminadas pela doença estão internadas (enfermarias, unidades de terapia intensiva, quartos, corredores, unidades de urgência e emergência).
Visitantes e acompanhantes de pacientes que também frequentam esses espaços de internação também são orientados a permanecer usando a máscara.
Situações em que houver a indicação do uso de máscara facial como equipamento de proteção individual (EPI) para profissionais de saúde, em qualquer área do serviço de saúde.