O Brasil completou 34 anos sem a confirmação de um novo caso de poliomielite neste domingo (19). De acordo com o Ministério da Saúde, o último registro da doença em território nacional ocorreu em 19 de março de 1989, no município de Sousa, na Paraíba. A pasta destaca que a eliminação da enfermidade foi possível graças às campanhas de vacinação em larga escala.
Causada pelo poliovírus, a poliomielite é uma doença contagiosa que pode infectar crianças e adultos, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Segundo o Ministério da Saúde, não há cura para a enfermidade, que tem como principais sintomas a ausência ou diminuição de força muscular no membro afetado e dores nas articulações.
As consequências da poliomielite normalmente correspondem a sequelas motoras, por isso, a doença também é conhecida como paralisia infantil.
— A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas. Como resultado dessa grande imunização, o Brasil não registra a circulação de poliovírus selvagem desde 1990 — ressalta a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
O Ministério da Saúde aponta que, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 6 mil crianças ficaram paralisadas nas Américas em decorrência da poliomielite em 1975, antes da vacinação generalizada. Atualmente, existe uma preocupação em relação à reintrodução do vírus por causa da baixa cobertura vacinal contra a doença: em 2022, o percentual foi de 72% e, em 2021, menos de 71%. A meta é imunizar 95%.
Diante disso, a pasta reforça a importância da imunização contra a doença que, desde 2016, é feita a partir de um esquema vacinal de três doses da vacina injetável (VIP), aos dois, quatro e seis meses de vida, e mais duas aplicações de reforço com a vacina oral bivalente (VOP – gotinha).