Estudo da Fundação do Câncer divulgado no domingo (26), revela que todas as capitais e regiões estão com a vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) abaixo da meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que, até 2030, o Brasil não deverá atingir a meta necessária para a eliminação da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que o país tenha ao menos 10 milhões de infectados.
Em todo o Brasil, a cobertura vacinal da população feminina entre 9 e 14 anos alcança 76% para a primeira dose e 57% para a segunda dose. A adesão à segunda dose é inferior à primeira, variando entre 50% e 62%, dependendo da região.
Na população masculina entre 11 e 14 anos, a adesão à vacinação contra o HPV é inferior à feminina no Brasil como um todo. A cobertura vacinal entre meninos é de 52% na primeira dose e 36% na segunda, muito abaixo do recomendado.
A infecção persistente por alguns tipos de HPV prova câncer do colo do útero — parte do útero que fica dentro da vagina (o restante se localiza na pelve). São mais de 200 tipos (cepas) de HPV, mas os oncogênicos, ou seja, aqueles que podem provocar câncer, restringem-se a 12. O HPV também pode causar tumores em outros locais, como vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
Um dos pilares do cuidado é a vacinação. Disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014, a vacina contra o HPV deve ser tomada por meninas e meninos de nove a 14 anos. Pacientes imunossuprimidos, que têm alguma deficiência no funcionamento do sistema de defesas do organismo, estão em uma faixa etária mais ampla para receber a imunização nos postos de saúde: de nove a 45 anos.