Após relatos de problemas entre dezembro e janeiro, o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) de Porto Alegre substituiu, nesta semana, os aparelhos de ar-condicionado que atendiam setores do terceiro andar por duas máquinas novas. De acordo com a direção da instituição de saúde, uma empresa contratada está elaborando um diagnóstico para revisão do parque de climatização, com o objetivo de evitar futuros transtornos.
Tatiana Breyer, diretora-geral do HPS, explica que a troca desses equipamentos começou no último domingo (29) e se estendeu durante a semana, já que foi necessário tomar uma série de providências para a substituição. Ela garante que, atualmente, todos os aparelhos estão funcionando.
— Os equipamentos seguem precisando de manutenção. Por isso, a empresa está de plantão para atender caso tenha algum problema. Estamos esperando o diagnóstico da empresa para fazer uma avaliação dos aparelhos existentes e verificar quais podem ser mantidos e quais precisarão ser consertados ou substituídos — afirma, destacando que esse relatório deve ser entregue até 28 de fevereiro.
O mau funcionamento do ar-condicionado passou a ser denunciado pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) e pela Associação dos Servidores do Hospital de Pronto-Socorro (ASHPS) no final do ano passado. Marília Iglesias, diretora do Simpa e presidente da ASHPS, aponta que se trata de um problema recorrente e que acontece todos os verões, pois o sistema de climatização central da instituição é muito antigo.
Desta vez, o transtorno começou em dezembro, afetando quase todo o hospital, segundo Marília:
— A temperatura era de quase 40°C, alguns servidores desmaiaram, era uma situação insustentável, muito delicada. Daí eles conseguiram colocar novamente em funcionamento e se resolveu o problema. Agora, em janeiro, afetou a UTI de trauma adulto, a Central de Material de Esterilização (CME) e a farmácia, no terceiro andar.
A diretora do Simpa entende que medida adotada pelo hospital nesta semana é paliativa e que a única solução definitiva para o problema seria a reforma do parque de climatização.
— Esse projeto de reforma tem que existir e ser incluído no plano municipal de saúde e no relatório gestor para que possa entrar no orçamento da cidade. Está funcionando por enquanto, a direção conseguiu solucionar o problema, mas seguimos batendo na tecla de que precisa de uma solução definitiva, porque o hospital é referência em trauma e muito importante para a cidade — finaliza Marília.