A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro definitivo, nesta terça-feira (20), do primeiro teste para diagnóstico da varíola dos macacos no Brasil. O produto é produzido pelo Instituto Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A agência tinha autorizado o uso imediato e emergencial de 24 mil unidades de reagentes para diagnóstico da monkeypox produzidos pela Fiocruz. A partir desta nova decisão, publicada no Diário Oficial da União, foi concedido a autorização permanente para disponibilizarão de utilização dos testes.
O kit molecular detecta os vírus Orthopox, Monkeypox e Varicella Zoster com base na tecnologia de PCR em tempo real. O teste utiliza amostras clínicas dos pacientes infectados.
A avaliação do pedido de registro pela Anvisa levou 39 dias, incluindo 17 dias utilizados pela empresa solicitante para atender exigências técnicas feitas. A avaliação dos produtos para testagem da varíola dos macacos ocorre em regime de prioridade, conforme decisão da Diretoria Colegiada em Reunião Extraordinária Interna.
Em outra frente, o Ministério da Saúde aguarda a chegada do primeiro lote com vacinas até o final de setembro. A pasta assinou, em 23 de agosto, a carta de compromisso de compra de 50 mil unidades do imunizante junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). As doses serão destinadas somente a profissionais que tenham contato direto com pacientes.
De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, há 7.019 casos confirmados da doença e 5.591 suspeitos. No Rio Grande do Sul, são 169 pacientes confirmados.