Um coração geneticamente modificado de um porco foi transplantado em um humano pela primeira vez na história, em janeiro deste ano. O homem, que morreu dois meses depois da cirurgia, sem causas precedentes na época, pode ter ter sido vítima de um vírus suíno. A informação foi divulgada inicialmente pela revista MIT Technology Review e apresentada à comunidade científica no último dia 20 de abril, de acordo com o G1. Segundo estudo, um teste indicou a presença do micro-organismo Porcine cytomegalovirus 20 dias após a realização do transplante, mas o nível havia sido tão pequeno que acabou descartado pelos especialistas.
Não havia causa óbvia identificada para a morte de David Bennett, 57 anos. O estudo identificou que o gene viral pode ter influenciado no processo de sobrevivência do americano, que lutava contra uma doença cardíaca grave.
Ele aceitou realizar o transplante experimental de coração de porco depois de aguardar em listas de espera para receber um órgão humano. Apesar do sucesso da cirurgia, que evidenciou um avanço na medicina, o homem não resistiu ao longo dos dois meses seguintes.
O órgão em questão pertencia a um porco de um rebanho que passou por uma técnica de mudança genética, no qual foi removido um gene que poderia desencadear uma resposta imune a um humano e não ser rejeitado imediatamente.
Os porcos são animais doadores por conta de seu tamanho, rápido crescimento e serem prontamente disponíveis, já que são criados para alimentação. As válvulas cardíacas e a pele do animal suíno são exemplos de órgãos já utilizados em humanos.