Dois anos depois da explosão da pandemia de covid-19, a Europa pode entrar, em breve, "em um longo período de tranquilidade". A afirmação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é baseada nos "elevados percentuais de população vacinada", mas também a menor gravidade de casos provocada pela variante Ômicron e também pelo fim do inverno no continente.
– Este contexto, que até agora não vivemos nesta pandemia, nos dá a possibilidade de um longo período de tranquilidade – afirmou nesta quinta-feira (3) o diretor para a Europa da OMS, Hans Kluge. – Uma trégua que poderia trazer uma paz duradoura – completou.
A "trégua" só poderá perdurar se a imunidade for preservada, ou seja, caso continuem as campanhas de vacinação e se o surgimento de novas variantes for monitorado, destacou Kluge, antes de pedir aos governos que protejam especialmente a população mais vulnerável, como de crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida.
A região Europa da OMS inclui 53 países, alguns deles na Ásia Central. Em todos, os contágios de covid-19 dispararam devido à variante Ômicron. Na semana passada, o continente registrou quase 12 milhões de novos casos, de acordo com os números da OMS, o número mais elevado desde o início da pandemia há dois anos.
Vários países europeus, como Dinamarca, França e Reino Unido, reduziram as restrições. NA Dinamarca, por exemplo, a vida "voltou ao normal", sem necessidade de máscara ou comprovante de vacina para circular pelo comércio, restaurantes ou cinemas, por exemplo. O país tem 60% da população vacinada com três doses.