A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde que é responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil, deve decidir nesta quarta-feira (19) pela inclusão dos testes rápidos de antígenos para covid-19 na lista de procedimentos com cobertura obrigatória pelas operadoras. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Atualmente, apenas o teste RT-PCR, que leva mais tempo para apresentar o resultado do exame e tem um custo maior, e o de anticorpos, que revela se a pessoa já contraiu a doença no passado, estão na lista. A obrigatoriedade de que as operadoras cubram esse tipo de exame está em debate desde junho, mas os planos apresentam resistência e críticas à ANS pela demora em incorporar a tecnologia.
A inclusão do teste na lista de procedimentos com cobertura obrigatória foi aprovada na terça-feira (18) pela Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar (Cosaúde), da ANS. A decisão deve ser oficializada nesta quarta, em uma reunião extraordinária da Diretoria Colegiada da agência, a partir das 18h30min.
O assunto vem sendo motivo de pressão à ANS, devido ao aumento de procura por testes para detecção de covid-19 em virtude da explosão de casos com a variante Ômicron. As regras de uso do benefício ainda não foram definidas, mas devem ser discutidas pela equipe técnica do órgão ao longo do dia e apresentadas na reunião.
Entretanto, conforme o que já havia sido discutido na comissão, o teste antígeno deve ser coberto pelas operadoras entre o 1º e o 7º dia de sintomas, para pacientes que tenham recebido prescrição médica.