A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não dá prazo para analisar o pedido do Ministério da Saúde para autorizar a autotestagem para covid-19 no Brasil. A pasta encaminhou, na última sexta-feira (17), uma nota técnica com justificativas para que a agência reguladora permita que a população possa comprar os exames e realizá-los em casa.
De acordo com o ministério, a autotestagem pode proporcionar um isolamento mais rápido dos casos positivos e, com isso, diminuir a possibilidade de transmissão do vírus – o exame a ser usado seria o de antígeno, com resultado em até 20 minutos.
No documento, a pasta ainda afirma que o teste feito em casa pode agilizar o fim do isolamento, caso o resultado dê negativo e a pessoa esteja sem sintomas, além de evitar a sobrecarga do sistema de saúde, que vem sendo demandado nos últimos dias com uma grande procura por testagem.
A medida vem no momento em que o Brasil enfrenta um aumento no número de casos da doença em função da variante Ômicron, que avançou pelo País após as festas de fim de ano.
Outros países já adotaram o autoteste como uma forma de facilitar o diagnóstico da doença. Atualmente, no Brasil, a venda de testes para covid em farmácias e outros estabelecimentos de saúde não é permitida. Os exames são realizados em laboratórios, na rede privada, e em postos de saúde e hospitais, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Na Anvisa, a análise do pedido fica por conta da Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde, que irá deliberar sobre o assunto “no menor tempo possível”, de acordo com a agência. Caso aprove a autotestagem, a agência também deverá estipular orientações para a empresa solicitante do registro do teste e para a população, que irá manusear o exame.