A cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse na terça-feira (9) que aguarda ansiosamente pela "segunda geração" de vacinas contra a covid-19, que pode incluir versões nasais ou orais.
Soumya Swaminathan explicou que essas vacinas teriam vantagens em relação às atuais, pois seriam mais fáceis de administrar do que as injeções e até mesmo o paciente poderia fazê-lo.
Segundo Swaminathan, havia 129 vacinas candidatas contra o coronavírus passando por testes em humanos em ensaios clínicos, e outras 194 ainda sendo desenvolvidas em laboratórios.
— Isso cobre todo o espectro de tecnologias — afirmou Soumya em uma interação ao vivo nas redes sociais da OMS. — Elas ainda estão em desenvolvimento e algumas se mostrarão muito seguras e eficazes e outras não — acrescentou.
A cientista destacou que "pode haver vantagens em algumas das vacinas de segunda geração".
— Claramente, com uma vacina oral ou intranasal, é muito mais fácil de administrar do que uma injetável — apontou.
Além disso, as vacinas de spray nasal, usadas em alguns países contra a gripe, podem promover uma resposta mais rápida à infecção.
— Se há uma resposta imunológica local, ela cuidará do vírus antes que ele se estabeleça nos pulmões e comece a causar problemas — explicou.
Até agora, a OMS autorizou sete vacinas contra a covid-19: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca, Johnson & Johnson, Sinopharm, Sinovac (CoronaVac) e, na semana passada, Bharat Biotech.
De acordo com o balanço da AFP, mais de 7,25 bilhões de doses de vacinas contra a covid foram aplicadas no mundo.