Nada de dormir muito cedo ou de ficar acordado madrugada adentro. É necessário um equilíbrio na hora de deitar — pelo menos no que diz respeito à saúde do coração. É o que concluiu um estudo conduzido pelo UK Biobank, publicado na revista científica European Heart Journal, que indica o menor risco de doenças cardíacas associado ao horário de deitar sendo entre 22h e 23h. As informações são da BBC Brasil.
O estudo foi baseado em dados de mais de 88 mil participantes. Os pesquisadores acompanharam a evolução da saúde cardíaca e circulatória dos participantes durante seis anos e, nesse período, cerca de 3 mil dos 88 mil voluntários desenvolveram doenças cardiovasculares.
A equipe também analisou informações sobre o tempo de sono obtidas por meio de dispositivos de pulso, semelhantes a um relógio, usados pelos participantes durante sete dias. O objetivo era entender se havia alguma associação com o aparecimento das doenças e o tempo em que os participantes adormeciam à noite.
A maioria dos casos de desenvolvimento de doenças cardíacas ocorreram em pessoas que foram para a cama mais tarde ou mais cedo do que o período entre 22h e 23h.
Os pesquisadores tentaram analisar outros fatores que podem interferir no risco cardíaco, como idade, peso e níveis de colesterol, mas não houve uma confirmação de causa e efeito, apenas uma associação.
Conforme a BBC Brasil, David Plans, da Universidade de Exeter, autor do estudo, afirmou que "embora não possamos concluir a causalidade de nosso estudo, os resultados sugerem que o relógio biológico pode ser afetado dependendo da hora em que vamos dormir, com consequências adversas para a saúde cardiovascular".