Mais de 100 mil pessoas morreram de covid-19 na Alemanha desde o início da pandemia, informou o Instituto Robert Koch do governo federal nesta quinta-feira (25), após contabilizar 351 novas mortes nas últimas 24 horas. Com o novo balanço, o total de vítimas da pandemia no país chegou a 110.119.
O instituto também registrou 75.961 novas infecções, um novo recorde diário para a primeira economia da zona do euro, que vive um recrudescimento de contaminações sem precedentes. Desde meados de outubro, as infecções e as mortes dispararam no país europeu.
A média móvel dos últimos sete dias atingiu um pico máximo de 419,7 infecções por 100 mil habitantes e as autoridades de saúde temem pela saturação da rede sanitária. Hospitais em certas regiões já estão enfrentando "sobrecarga aguda" que exige a transferência de pacientes, alertou Gernot Marx, presidente da federação alemã de médicos intensivos na segunda-feira.
A situação será um dos principais desafios para a nova coligação de governo anunciada ontem entre sociais-democratas, verdes e liberais, que assume o poder em dezembro.
— A situação é terrível — admitiu Olaf Scholz, o futuro chanceler social-democrata da Alemanha, nesta quarta-feira (24).
Em meio a nova onda da covid-19 na Europa, várias regiões voltaram a colocar em prática duras restrições para conter o coronavírus. A campanha de vacinação imunizou 69% da população, taxa menor que a de outros países europeus. Scholz indicou que a Alemanha tem de "estudar" uma possível "extensão" da obrigação de vacinação, atualmente em vigor no exército e nos estabelecimentos de saúde.