Mais de um ano e meio após a chegada da covid-19 ao Rio Grande do Sul, o município de Benjamin Constant do Sul, na Região Norte, registrou a primeira morte pela doença na noite do último sábado (11). A vítima: uma indígena de 54 anos, com diabetes e pressão alta, segundo servidoras da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
De acordo com a unidade básica de saúde localizada na reserva indígena, a mulher havia tomado as duas doses da vacina contra a covid-19 e estava internada no Hospital Santa Terezinha, em Erechim, a 43 quilômetros de distância de Benjamin Constant do Sul. Segundo o hospital, ela estava internada desde 6 de setembro.
O pequeno município tem 1,9 mil habitantes, dos quais 1,3 mil vivem em uma reserva indígena. Dados da prefeitura mostram que 1,6 mil moradores da cidade receberam a primeira dose e 1,2 mil, duas doses.
Segundo a unidade básica de saúde que atende à reserva, todos os 636 indígenas adultos foram vacinados com as duas doses - o restante tem menos de 18 anos e aguarda liberação para receber imunizantes. Para além da confirmação da primeira morte, o município acumula oficialmente 211 casos de coronavírus.
Agora, apenas um município do Rio Grande do Sul não registrou morte por coronavírus: Novo Tiradentes, também na Região Norte. A cidade tem 2,1 mil habitantes e confirmou, até agora, apenas 137 casos, segundo a prefeitura.
A mortalidade a despeito da vacinação é mais difícil, mas pode ocorrer, uma vez que não existe vacina, para qualquer doença, 100% eficaz. Estudos mostram que imunizados têm chances menores de hospitalização e morte, além de transmitirem menos o vírus.
O positivo efeito das vacinas vem sendo demonstrado na vida real, inclusive no Rio Grande do Sul, que vê as estatísticas de hospitalização e óbito por covid-19 caírem com o avanço da imunização.