O governo de São Paulo planeja começar a revacinação anual contra a covid-19 em 17 de janeiro, de acordo com declaração do secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. Ele não informou detalhes sobre o público prioritário e o número de doses que serão necessárias.
— Foi exatamente o dia em que nós vacinamos a primeira brasileira, aqui de São Paulo, Mônica Calazans — justificou durante agenda pública.
Em outras ocasiões, o governo paulista já havia apontado que a campanha de imunização contra o coronavírus precisaria possivelmente ser anual. O Instituto Butantan até mesmo testa o desenvolvimento de uma vacina dupla que proteja contra a influenza e a covid-19. Gorinchteyn ressaltou, ainda, que a revacinação anual não é um reforço.
— Nós estamos seguindo a prerrogativa das vacinas para vírus respiratórios, como o da gripe (de aplicação anual) — disse.
Além disso, ele destacou que a previsão é que a produção de doses no Butantan seja acelerada em 2022, com a ampliação do espaço de fabricação e a possível aprovação de outra candidata a imunizante, a Butanvac, hoje em fase de testes e que necessita de insumos que não precisam ser importados.
— A partir do ano que vem, teremos uma produção em solo brasileiro de forma muito mais célere, não dependendo mais de IFas (Insumo Farmacêutico Ativo) do exterior — explicou.
A campanha atual contra a covid-19 no Estado foi ampliada nesta semana e chegará até a população de 30 anos na sexta-feira (23). O vice-governador Rodrigo Garcia destacou que a prioridade neste ano é imunizar o máximo de pessoas com as duas doses.
— O objetivo é que a gente complete este ciclo vacinal o mais rapidamente possível até 20 de agosto, para, na sequência, vacinar adolescentes e estudar alternativas de ampliar a imunização — comentou.
País pode chegar a 70% de imunização em dezembro
O Estadão mostrou que o Brasil tem capacidade para imunizar 70% da população com as duas doses da vacina contra a covid-19 até dezembro, caso mantenha a média atual de um milhão de doses aplicadas por dia. A taxa é considerada ideal para que a vacina seja capaz de controlar a transmissão do vírus. No entanto, especialistas afirmam que o País precisa superar problemas como a imprevisibilidade na entrega de vacinas e a baixa adesão à 2ª dose para atingir a marca.