A Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês), órgão regulatório norte-americano, planeja fazer um alerta sobre a vacina contra a covid-19 da Janssen. Conforme as autoridades, o imunizante, produzido pelo braço farmacêutico da Johnson & Johnson, pode aumentar o risco de síndrome de Guillain-Barré. O comunicado deve ser feito nesta terça (13). As informações são do jornal The New York Times (NYT).
Ainda que considerado baixo, o risco de desenvolver essa rara condição neurológica parece ser de três a cinco vezes maior entre os receptores da vacina do que entre a população em geral dos Estados Unidos, informou uma fonte ao NYT. Apesar do alerta, o FDA ressalta que o benefício da vacinação supera os riscos.
Conforme a publicação, as autoridades identificaram cerca de cem casos suspeitos de Guillain-Barré entre os imunizados com a dose única da Janssen. Essas informações foram coletadas por meio de um sistema de monitoramento preenchido por pacientes e profissionais da saúde com o intuito de relatar efeitos adversos das vacinas.
A maioria das pessoas que tiveram essa síndrome se recupera. No entanto, um homem de 57 anos, com histórico de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, morreu após receber a vacina e ter Guillain-Barré. Segundo as informações do banco de dados do governo, os sintomas da síndrome apareceram a partir da terceira semana após a vacinação.
O imunizante da Janssen foi aplicado em aproximadamente 13 milhões de norte-americanos. O Brasil começou a aplicar essa vacina em junho, e, até o momento, o Ministério da Saúde já recebeu quase 5 milhões de doses: 1.801.550 por contrato e 3 milhões doadas pelos EUA.