Desde a descoberta de que um intervalo maior entre a primeira e a segunda dose da vacina contra a covid-19 da Pfizer favorece o sistema imunológico a produzir mais anticorpos de combate às infecções, esse prazo foi estendido para 12 semanas. Agora, o que os cientistas sugerem, é que a lacuna de oito semanas é ideal para lidar contra a variante Delta, identificada primeiramente na Índia. As informações são da BBC.
Um trabalho financiado pelo governo britânico e publicado em uma plataforma pré-print (que ainda não tem revisão por pares) comparou as respostas imunológicas de 503 funcionários do Serviço Nacional de Saúde que completaram o esquema vacinal em diferentes períodos no final de 2020 e no começo de 2021.
Susanna Dunachie, da Universidade de Oxford e uma das líderes do estudo, reforçou que a duas doses é melhor do que uma, no entanto, o intervalo entre elas ainda era flexível. Na atual situação do Reino Unido, ela recomenda um período menor entre as aplicações.
— Oito semanas é o ponto ideal para mim, pois as pessoas querem completar o esquema vacinal e a Delta está aí fora. Infelizmente, não vejo o vírus desaparecendo, então, é preciso equilibrar esse fato com a melhor proteção possível.
O Brasil adotou um intervalo de 12 semanas entre doses do imunizante da Pfizer, porém, na última semana, vários Estados reduziram esse período para 10 semanas em razão do avanço da cepa originária da Índia. O Rio Grande do Sul anunciou essa redução, contudo, voltou atrás nesta semana, acatando um pedido do Conselho de Secretários Municipais (Cosems).