O Rio Grande do Sul está entre os 13 Estados brasileiros, junto com o Distrito Federal, com tendência de aumento nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), na semana de 23 a 29 de maio, conforme o novo boletim do InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A SRAG é causada na maioria das vezes pela covid-19.
Mato Grosso do Sul, Paraná, Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Tocantins tiveram crescimento na tendência de longo prazo, quando o boletim analisa dados das últimas seis semanas. O índice suaviza o efeito de oscilações e é considerado um sinal "forte" das tendências de queda, estabilização ou aumento de casos.
Já o Ceará apresenta sinal moderado de crescimento apenas na tendência de curto prazo, que analisa as notificações das últimas três semanas. É um índice que aparece mais rápido, mas também é mais suscetível a mudanças, e por isso deve ser interpretado com cautela.
Apenas um Estado brasileiro, Roraima, registrou tendência de queda em longo prazo. O boletim alerta que, entre os Estados com tendência de estabilidade, muitos ainda estão com valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020.
A SRAG é um conjunto de sintomas associados a doenças respiratórias. Só os casos graves são notificados nos hospitais. As análises do boletim são feitas com base nos dados inseridos no sistema Sivep-Gripe, do Ministério da Saúde.
No boletim, a Fiocruz mantém a recomendação da cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão da covid-19 enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos. O órgão também ressalta a necessidade de reavaliação das flexibilizações já implementadas nos Estados com sinal de retomada do crescimento ou estabilização ainda em patamares elevados. A interrupção da queda e a retomada do crescimento podem ser atribuídas em parte à retomada da circulação da população e consequente maior exposição por conta das medidas de relaxamento.