Usar doses de vacinas contra a covid-19 de fabricantes diferentes tem se tornado uma prática cada vez mais comum em diversos países. Canadá, Bahrein, Itália, Espanha, França e o Chile, são algumas das nações que adotaram a prática de combinar os imunizantes.
No começo de junho, o Canadá autorizou pessoas que foram vacinadas com a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca, a escolherem como completar o esquema vacinal: com o mesmo imunizante, ou então, com doses da Moderna ou Pfizer. No mesmo sentido, o governo italiano permitiu que pessoas abaixo de 60 anos que receberam o imunizante Oxford/ AstraZeneca a utilizar outra vacina, como Moderna ou Pfizer, na segunda dose. O comitê científico da Agência Italiana de Medicamentos justificou, em 13 de junho, a decisão afirmando que "baseado em estudos clínicos publicados nas últimas semanas, o comitê considerou apropriado aprovar a mistura de vacinas (primeira dose AstraZeneca e segunda Pfizer ou Moderna) à luz de um aumento significativo na resposta de anticorpos e boa reatogenicidade".
A mesma decisão foi tomada na Espanha, que permitiu a segunda dose da Pfizer para aqueles abaixo de 60 anos que iniciaram a vacinação com Oxford/AstraZeneca.
O Chile começou na segunda-feira (21), a vacinar homens com menos de 45 anos que receberam a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca com uma segunda dose da Pfizer/BioNTech. A aplicação da AstraZeneca para este grupo especificamente estava paralisada desde o início do mês, após a notificação de um caso de trombose e trombocitopenia em um jovem de 31 anos.
A Rússia também já testou a combinação da Sputnik V com Oxford/ AstraZeneca. Estados Unidos e Reino Unido também devem usar mistura de fabricantes em ensaios clínico.