O fundador e diretor do laboratório BioNTech, Ugur Sahin, declarou nesta quarta-feira (28) que confia na eficácia de sua vacina contra a covid-19, desenvolvida em parceria com o grupo norte-americano Pfizer, contra a variante indiana do coronavírus.
— Ainda estamos fazendo testes, mas a variante indiana apresenta mutações que já estudamos e contra as quais nossa vacina atua, então estou confiante — afirmou Sahin.
A variante B.1.617, conhecida como variante indiana por ter sido detectada pela primeira vez no país, já foi registrada em pelo menos 17 nações, incluindo Reino Unido, Estados Unidos, Bélgica, Suíça e Itália, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
— A vacina foi produzida de forma inteligente e estou convencido de que o bastião vai persistir. E se tivermos que fortalecer novamente, então vamos fazer isto, não estou preocupado — acrescentou.
A BioNTech já testou sua vacina em mais de 30 variantes e em cada ocasião obteve, no mínimo, uma "resposta imunológica suficiente", explicou.
O diretor do laboratório alemão especializado em RNA mensageiro e que se tornou pioneiro na imunização contra a covid-19, também anunciou que sua vacina, usada na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos desde dezembro, receberá em breve a aprovação das autoridades chinesas.
O cientista também se mostrou favorável a uma flexibilização das restrições para as pessoas vacinadas, mas pensa que "não deve acontecer de maneira muito rápida porque provocaria ciúmes".
Quando 50% ou 60% dos europeus estiverem vacinados, no fim de maio ou junho, uma "grande parte da população" poderá ser beneficiada pelas flexibilizações, opinou.