A terça-feira (30) foi de nova etapa de vacinação contra o coronavírus em Santa Maria. A ação foi destinada a pessoas com 68 anos ou mais em 11 pontos da cidade. A aplicação das doses começou às 8h e se estendeu até o meio-dia. Por volta das 11h, muitos locais já não apresentavam filas e ainda havia doses disponíveis para imunização.
Um desses locais era o parque da Basílica de Nossa Senhora Medianeira, um dos principais pontos de vacinação na cidade no sistema drive-thru e que, geralmente, forma filas quilométricas de veículos. Nesta terça, foram cerca de três quilômetros. O recorde foi registrado na semana anterior, quando a vacinação foi para pessoas com 70 anos ou mais.
Para este ponto, geralmente os primeiros da fila chega até um dia antes para garantir o seu lugar, embora essa não seja a recomendação da prefeitura. O Executivo ressalta que novas ações sempre são realizadas e que não há necessidade de madrugar. Mas mesmo assim a professor Scheila da Silva não quis arriscar e chegou com dois dias de antecedência para assegurar que a sua mãe fosse vacinada.
Ela chegou de carro no domingo, por volta das 15h. Ficou até depois das 17h, só foi em casa para fazer um lanche, e retornou aproximadamente às 21h. Na segunda-feira (29), fez um novo revezamento entre o trabalho e a fila para garantir o primeiro lugar.
- Eu estava muito preocupada, porque a gente sabe da quantidade de vacinas e pela gravidade que está a pandemia. Eu tenho a minha mãe e valorizo ela. Quando eu era criança ela fez muitos sacrifícios para mim e agora chegou a minha vez de fazer isso por ela. Muita gente me chamou de louca, mas para mim é valorizar que temos a oportunidade de fazer a vacina - conta a professora.
A prefeitura de Santa Maria ainda não divulgou o relatório final com o total de vacinados nesta manhã. Ao todo, 5.090 doses foram disponibilizadas. Com a sobra e com a chegada de mais doses na semana passada, novas ações de vacinação devem ocorrer ainda essa semana.
Também foram arrecadados alimentos dentro da campanha da "Vacina Solidária", em que os pontos de vacinação recebem doações de alimentos não perecíveis, que serão destinados a instituições e famílias que estejam passando por necessidades. A doação não é obrigatória.