O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (19) que assinou contratos com as farmacêuticas Pfizer e Janssen para compra das vacinas contra a covid-19. Os acordos garantem mais 138 milhões de doses para a campanha nacional de vacinação, de acordo com a pasta.
O contrato com a Pfizer prevê 100 milhões de doses, sendo 13,5 milhões entregues entre abril e junho e outros 86,5 milhões de julho a setembro. Com a Janssen, a negociação prevê 38 milhões de doses: 16,9 milhões de julho a setembro e 21,1 milhões de outubro a dezembro.
O cronograma de entrega das vacinas é enviado ao Ministério da Saúde pelos laboratórios e está sujeito a alterações, de acordo com a pasta. Com mais essas vacinas, o Brasil garante mais de 562 milhões de doses para 2021.
Em 18 de novembro do ano passado, Pfizer e BioNTech anunciaram que haviam registrado 95% de eficácia nos resultados finais dos estudos da vacina contra covid-19. Isso significa dizer que 95 a cada cem pessoas que que receberam as doses ficaram imunes à doença.
Além disso, a vacina também se mostrou segura. Segundo as farmacêuticas, os pesquisadores não encontraram problemas sérios de segurança na vacina, que pareceu ser bem tolerada após uma revisão dos dados de 8 mil participantes — ao todo, desde o começo fizeram parte estudo quase 44 mil indivíduos em diferentes países, inclusive no Brasil.
Já o imunizante da Janssen foi 66% eficaz na prevenção de covid-19 moderada a grave, após 28 dias de imunização. Essa taxa foi observada em participantes de diversos países. O início da proteção foi observado a partir do 14º dia.
Quando foram avaliados somente os casos graves, a eficácia foi de 85% depois de 28 dias depois da aplicação da dose. Conforme a Janssen, as taxas gerais de eficácia sofreram variações nas regiões onde o estudo foi realizado. Na África do Sul, por exemplo, a eficácia foi de 57%. Essa variação, explica a diretora da SBIm, é normal em todas as vacinas. No caso dos imunizantes contra a covid-19, as novas cepas podem ter influenciado os dados finais.