O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse nesta quinta-feira (28) acreditar que não há risco de proliferação da nova variante brasileira do coronavírus em função da transferência de pacientes para outros Estados. Originária do Amazonas, a nova cepa é apontada como uma das razões para a explosão de casos da doença em Manaus desde dezembro.
— A nossa rede de vigilância tem acompanhado e verificado a possibilidade de novas cepas e dessa forma verificamos a segurança. Não há esse risco — afirmou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
Na última quarta-feira (27), o RS recebeu nove pacientes de Rondônia, cujos hospitais estão à beira de um esgotamento por causa do aumento veloz no número de internações pela covid-19. O Estado também ofereceu ajuda ao Amazonas, que vive um colapso por conta da falta de leitos e de oxigênio.
— Os principais produtores (de oxigênio) já nos garantiram que não é falta de capacidade produtiva. No caso de Manaus, que é isolado, cuja malha viária é aérea e fluvial, extrapolou a capacidade de produção local. Praticamente triplicou a demanda. Com isso, houve esse problema. No dia seguinte, quando a empresa se manifestou, já havia um carregamento de cilindros para mitigar a crise. Além disso, estamos levando oxigênio por via aérea, terrestre e pluvial de forma que nós conseguimos sanar por hora a falta de oxigênio — explicou.
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Proliferação
O receio da proliferação da nova cepa ocorre diante do risco maior de contágio das novas mutações, que seguem sob o olhar atento de autoridades no mundo todo.
Na terça-feira (26), a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou os três primeiros casos importados de covid-19 causados da nova variante originária no Amazonas, denominada "P.1".