O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reforçou nesta segunda-feira (11) que o ministério tem "todo o interesse" para que se conclua a análise do pedido de uso emergencial da CoronaVac. Segundo o ministro, a principal dificuldade encontrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a dar o aval ao imunizante, desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, está na falta de certificação do uso pelas autoridades sanitárias chinesas.
O ministro afirmou, durante apresentação do Plano Estratégico de Enfrentamento à Covid-19 no Amazonas, que a agência reguladora tem tido dificuldades em receber do Butantan toda a documentação pronta.
Na última semana, a Anvisa cobrou do instituto informações complementares para a liberação do uso do imunizante. Segundo disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nesta manhã em entrevista à rádio CNN, as informações foram repassadas pelo Butantan durante o fim de semana.
O ministro reforçou que todas as doses produzidas pelo instituto irão para o Ministério da Saúde. Sobre a aquisição de outras vacinas, o ministro disse que pretende comprar o imunizante da Johnson & Johnson e afirmou estar negociando a compra de doses da vacina russa Sputnik e de doses da AstraZeneca produzidas na Índia.
Contudo, o ministro ressaltou ser "pífia" a quantidade disponível no mercado dos imunizantes produzidos fora do Brasil.
Pazuello garantiu que as conversas entre o ministério e o Instituto Butantan são estritamente "técnicas" e disse que não entra no "outro assunto", da disputa política entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro.