A chegada ao Brasil de 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 fabricada pelo Instituto Serum, da Índia, está prevista para a noite desta sexta-feira (22).
A carga vem a bordo de um voo comercial da companhia Emirates, que decolou de Mumbai na noite de quinta-feira (21) e chegará ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Depois dos trâmites alfandegários, um avião da Azul vai transportar as vacinas para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. De lá, vão direto para a sede da Fiocruz.
É no laboratório público Bio-Manguinhos que, já nas primeiras horas de sábado (23), serão feitos os testes de qualidade e segurança, além da etiquetagem das caixas com informações em português. Ainda na tarde deste sábado, deve começar a distribuição para todos os Estados, que será feita pelo Ministério da Saúde, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.
— Pode ter certeza que a Aeronáutica está aí pronta para servir ao Brasil mais uma vez. E essa vacina (de Oxford/AstraZeneca) amanhã mesmo, se chegar hoje à noite, amanhã mesmo começa a chegar aos seus destinos — disse o presidente Jair Bolsonaro em entrevista à imprensa na saída do Palácio da Alvorada.
A vacina é a Covishield, desenvolvida pela universidade inglesa de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, que no Brasil tem parceria com a Fiocruz. É para este lote que vem da Índia que a Anvisa autorizou, no último domingo (17), o uso emergencial.
A expectativa do governo brasileiro era ter recebido as doses no último sábado (16). De acordo com a agência de notícias Reuters, contudo, o Ministério das Relações Exteriores da Índia informou que o atraso ocorreu porque o país só passou a liberar as doses depois de abrir a própria campanha de imunização.
No início da semana, o governo indiano priorizou o envio de doses doadas para os países vizinhos. A partir desta sexta-feira, começa a distribuição das vacinas que foram comercializadas para outros países — Brasil e Marrocos são os primeiros.