O órgão regulador da Suíça, Swissmedic, informou em comunicado divulgado neste sábado (19) que liberou a vacina da Pfizer e da BioNTech contra a covid-19 para uso no país. A nota lembra que é a primeira vez no mundo em que a autorização para o imunizante é dada por meio de um procedimento ordinário, não por um aval de uso emergencial.
O órgão afirma que os dados mostram que o nível de proteção garantido após sete dias da aplicação da segunda dose da vacina é de mais de 90%. A autorização foi dada dois meses após a agência ter recebido o pedido das empresas.
Segundo o órgão suíço, os dados disponíveis mostram que a vacina tem alto nível de eficácia em todos os grupos etários investigados, portanto, cumpre com os requisitos de segurança. Um comitê independente também deu aval para o imunizante no país nesta semana, diz a nota.
— Conseguimos tomar esta decisão rapidamente, garantindo o respeito às três condições essenciais: segurança, eficácia e qualidade — declarou o diretor da Swissmedic, Raimund Bruhin.
Já o ministro da Saúde suíço afirmou, no Twitter, que o imunizante poderá começar a ser aplicado "dentro de dias", mas sem especificar uma data para início da imunização.
A Suíça, com 8,6 milhões de habitantes, garantiu o acesso a 15,8 milhões de doses de vacinas, negociadas com três laboratórios diferentes: 3 milhões com Pfizer/BioNTech, 7,5 milhões com Moderna e 5,3 milhões de doses com AstraZeneca. São necessárias duas doses por paciente para as três vacinas.
O país registra todos os dias mais de 4 mil novos casos e mais de cem mortes. No total, já confirmou 400 mil casos e 6 mil mortes desde o início da pandemia.