Em um discurso pacificador no lançamento do plano nacional de vacinação, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (16), que o país se aproxima de uma "alternativa concreta" para o combate à covid-19. Apesar de embates contra governos estaduais desde o início da pandemia, em especial com o paulista João Doria (PSDB), Bolsonaro destacou que todos os governadores estão unidos pelo "bem comum" e minimizou "exageros" ocorridos.
— A grande força que todos nós mostramos agora é união para buscar solução de algo que nos aflige há meses. Se algum de nós extrapolou ou até exagerou foi no afã de buscar solução — disse.
— Nós todos irmanados estamos na iminência de apresentar uma alternativa concreta para nos livrarmos desse mal, que é o plano nacional de operacionalização da vacinação contra a covid-19 — afirmou.
Bolsonaro ressaltou que o país conta com "27 governadores com um só propósito: o bem comum e a volta à normalidade". O chefe do Executivo voltou a repetir que o governo irá adquirir imunizantes de empresas que se encaixarem "nos critérios de segurança e efetividade" da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para isso, citou a promessa já anunciada de editar medida provisória de crédito especial de R$ 20 bilhões.
O presidente ressaltou ainda que a Anvisa é uma agência "referência" e de "participação fundamental na decisão de qual vacina deve ser apresentada de forma gratuita e voluntária para todos os brasileiros".
— Peço a Deus que estejamos certos. A solução está por vir — reforçou.
Ele afirmou ainda que espera "brevemente" o retorno do país à normalidade. Em seu discurso, o presidente também agradeceu e elogiou a atuação do presidente da Anvisa, Antônio Barra, e a coordenação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Em mais um sinal de paz, Bolsonaro disse que deputados e senadores foram "excepcionais" no apoio ao governo para o combate à pandemia e o socorro de Estados e municípios.