Os resultados preliminares de fase 3 da vacina contra a covid-19 da farmacêutica americana Pfizer e do laboratório alemão BioNTech foram publicados nesta quinta-feira (10) na revista científica The New England Journal of Medicine.
O imunizante da Pfizer/BioNTech é o segundo a ter os resultados preliminares publicados em revista científica. Seu uso emergencial já foi aprovado no Reino Unido, onde as primeiras doses foram aplicadas na população na última terça-feira (8).
A Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca foram as primeiras a publicar os resultados preliminares da fase 3 de sua vacina candidata contra a covid-19 na revista The Lancet, também na terça-feira (9).
O estudo da Pfizer/BioNTech publicado aponta que 43.448 voluntários randomizados receberam injeções: 21.720 com a vacina e 21.728 com placebo. Houve oito casos de covid-19 pelo menos sete dias após a segunda dose entre os participantes que tomaram a dose de vacina e 162 entre aqueles que tomaram placebo.
Com isso, constatou-se que a vacina é 95% eficaz em prevenir a doença, em um regime de duas doses, ou seja, a cada cem pessoas que tomarem as doses, 95 estarão protegidas. Eficácia similar (entre 90% e 100%) foi observada nos subgrupos definidos por idade, sexo, raça etc.
A segurança da vacina foi confirmada pela presença de sintomas leves a moderados de dor após a injeção, fadiga e dor de cabeça. A incidência de reações adversas graves foi baixa e similar no grupo que tomou placebo.
Antes de publicar os dados, as empresas já tinham divulgado informalmente os resultados. A publicação em uma revista científica significa que os dados dos testes foram revisados por outros cientistas e validados, mas não quer dizer que a vacina será aplicada imediatamente na população em geral. O fármaco ainda precisa ser aprovado pelos órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.