Uma nova análise de dados sobre a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford apontou que a sua eficácia ficou em torno de 70%. A informação foi divulgada pela epidemiologista Lily Yin Weckx, coordenadora dos testes do imunizante no Brasil, em entrevista à Globonews nesta quarta-feira (30).
Essa eficácia significa que, a cada 10 pessoas vacinadas com a primeira dose, sete ficam protegidas 21 dias depois. Após a segunda dose (aplicada 12 semanas depois da primeira), o percentual sobe para 80%.
Em novembro, a AstraZeneca já havia informado que a eficácia combinada, em média, tinha sido de 70% em testes clínicos realizados no Brasil e no Reino Unido. Segundo a empresa, em algumas simulações, o imunizante mostrara 90% de eficácia. A eficácia variou de 62% a 90%, dependendo da dosagem administrada. No entanto, depois a farmacêutica admitiu erro na dosagem dos testes.
A vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford deve começar a ser administrada já na próxima segunda-feira (4) no Reino Unido, onde obteve aprovação para o uso. No Brasil, a informação mais recente é de que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira no desenvolvimento das doses, já está em processo para submeter o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com previsão de entrega final de documentos à agência em meados de janeiro.