A gigante farmacêutica americana Pfizer anunciou, nesta sexta-feira (16), que planeja solicitar uma autorização de emergência para sua vacina contra a covid-19 no final de novembro.
"Permitam que seja claro, supondo que os dados sejam positivos, a Pfizer solicitará uma autorização de uso de emergência nos Estados Unidos pouco depois do fim da etapa de segurança, na terceira semana de novembro", afirmou Albert Bourla, CEO do grupo, em uma carta aberta publicada nas redes sociais.
Após este anúncio, as ações da empresa ganharam mais de 2% no mercado eletrônico antes da abertura da bolsa.
Desta maneira, os Estados Unidos podem ter duas vacinas prontas até o fim do ano — se os testes clínicos em andamento forem bem sucedidos e se a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) autorizar sua distribuição —, já que a empresa Moderna também acredita que terá o imunizante pronto no final de novembro. O presidente Donald Trump, que busca um segundo mandato, afirmou que uma vacina poderia estar disponível antes das eleições de 3 de novembro.
A Pfizer atendeu ao pedido da FDA na semana passada para que os desenvolvedores de vacinas esperem dois meses após a segunda dose ser injetada em participantes dos ensaios clínicos para monitorarem possíveis efeitos colaterais graves. Por outro lado, a empresa, sócia da alemã BioNTech, poderia obter resultados sobre a eficácia da vacina nas próximas duas semanas por meio de seus testes em andamento, nos quais participam 30 mil pessoas, afirmou o diretor da empresa.
"Poderíamos saber se nossa vacina é efetiva ou não no final de outubro", escreveu Albert Bourla.
A FDA estabelece três condições para a aprovação de uma vacina: que seja eficaz, que seja segura e que a empresa seja capaz de produzi-la em larga escala. A Pfizer espera cumprir com os três requisitos na terceira semana de novembro, ou seja, dentro de um mês. Já a Moderna espera fazer o mesmo até 25 de novembro.
Ambas as empresas, financiadas pelo governo dos Estados Unidos, iniciaram a fase 3 de seus testes clínicos ao mesmo tempo no final de julho, e também começaram a produção de doses como medida de precaução, com o objetivo de entregar várias dezenas de milhões de doses para o final do ano — caso recebam a autorização da FDA.
A instituição, que prometeu seguir os procedimentos científicos padrões e não deixar que a pressão política interfira, é a responsável por aprovar ou não a vacina e decidir quais populações serão priorizadas em sua distribuição.
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